As expetativas ou melhor corresponder a elas é algo complicado. Quando somos nós que as criamos ou quando os outros as criam. São sempre algo que nos deixa hesitantes. Primeiro sobre se somos capazes ou não de as alcançar, segundo se somos capazes de as ultrapassar. Há passos de risco e passos seguros. Os heróis são sempre aqueles que tomam os passos de risco com sucesso. Os derrotados aqueles que os falham. Às vezes esquecemo-nos daqueles que nunca dão passos de risco. Dão sempre passinhos pequenos mas firmes e seguros e caminhando vão. Cada vez mais longe. A desilusão própria é algo que nos pode deitar completamente abaixo, por isso, hoje em dia, é porventura mais proveitoso tomar e conquistar cada coisinha de cada vez. Correr devagar mas terminar a corrida.
As pessoas já não são ligadas, já não vivem tanto o é-tudo-ou-nada, já vivem sempre com as expetativas de médio-longo prazo. Esquecem-se do presente. É preciso dar passos seguros e aproveitar as oportunidades que surgem. De um momento para o outro tiram-nos tudo que conquistámos. Temos de estar sempre preparados para perder tudo. Eu também penso bastante no que nos esperará daqui a 15 anos. Mas primeiro tenho que me assegurar que estou vivo daqui a 15 anos. Vou fazer tudo para que o Luís com 34 anos saiba que tudo o que tem se deve ao Luís de 19, Luís de 9, Luís de 27, todos os anos que passaram fizeram com que o Luís de 34 tenha tudo o que terá. Eu tenho expetativas altas. Se tiver que tomar opções de risco talvez as tome, mas quero que tudo seja sustentado. Não quero que, caso esse risco falhe, ter de perder tudo. A minha opção de risco será sempre sobre a cereja e não sobre o bolo inteiro.
1 comentário:
verdade (: mas a nossa insconsciência leva-nos sempre para o prazer das conquistas mal pensadas e feitas com o pé no risco.
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