quinta-feira, 7 de abril de 2011

+18 - sexo na adolescência. parte dois

Ora bem, na primeira parte, se é que pode chamar-se parte àquilo, demonstrei desagrado com as 'aulas' de Educação Sexual. Escrevi aquilo a 25 de Outubro. Hoje são 7 de Abril, dado que já passa da meia-noite, e ainda pouco mudou em relação ao assunto.
Em dado teste de Português que tive, tomamos conhecimento prévio de 3 possibilidades para o Grupo III, o da expressão escritas, todas de carácter argumentativo. Uma dessas seria mesmo a importância da educação sexual, ou seja, toca a pensar e reflectir ainda mais no assunto que tu até te safas nisto.
Ora bem, pausa para reflectir.

Como sabemos, hoje em dia, o sexo não é tabu. Ele existe, todos o sabem. Agora tem-se conhecimento da sua existência cada vez mais cedo. Toda a gente que vai à escola tem acesso a informação certo? Penso que sim. Toda a gente formada tem noção dos riscos que corre e dos que não corre. Pois muito bem.
Eu acredito no potencial da Educação Sexual (ES). Acredito, mas não desta forma como é abordada. Ou então que mudem o nome para Higiene e Segurança no Sexo. Ou mesmo só para Prevenir DST's. A verdade é que de sexo eles ensinam pouco ou nada. Na minha opinião deve-se explicar tudo. Preto no branco. Como se faz, como fazer, etc. Aí justificar-se-ia explicar os cuidados a ter em determinado momento. Não como o assunto principal, mas como um assunto dentro da ES. (neste momento é o único assunto abordado)
Um gajo pode muito bem saber que tem que olhar para o prazo de validade do preservativo, segurá-lo pelo sítio certo e assim, mas na hora da verdade, é capaz de tremer por todos os lados, fica traumatizado e pronto. Na realidade, a causa de muitas disfunções é psicológica e uma humilhação assim pode provocar isso.
Penso que se coloca muita pressão para o acto sexual. Até parece que quando queremos ter relações sexuais com a nossa namorada estamos a cometer um crime. O que as aulas de ES não ensinam é como se deve fazer, não ensina nada sobre preliminares, não dizem isso. Para as mulheres certamente que há posições que doem menos no momento da perda de virgindade. No entanto não ensinam na escola. Isso é triste porque acho que deveria ser explicado aos jovens. Há jovens mesmo inocentes, que desconhecem a vida sexual e não conhecem o seu corpo. Não conhecem os mecanismos. Não quero sequer entrar em questões sobre a masturbação porque a religião mete-se ao barulho mas enfim. Já se provou que é um acto saudável e que pode ajudar as pessoas a conhecerem-se o seu corpo mas pronto. Eu só quero um mundo melhor e estou a zelar por isso. Nesse mundo não haveria cá lugar para mulheres insatisfeitas nesses campos.

Muitas vezes, por causa dessa pressão toda que é colocada, os jovens vêem-se obrigados a reprimir os seus desejos naturais. Os sinais que o corpo manda. Isso não é saudável, de certeza.

Atenção: eu acho que o que ensinam é importante. Mas dentro de tudo o que deviam ensinar, penso que insistirem nos mesmos assuntos over and over again não adianta. Falo pela minha pessoa claro.

As relações sexuais são uma manifestação física a que se pode juntar o sentimento que sentimos por alguém e poder estragar esses momentos porque se coloca muita pressão e muito peso em cima parece-me uma coisa absurda. Toda a gente o faz, toda a gente pensa em fazê-lo. É a nossa natureza. É bonito. É sexo, é amor.
 
 
Eles ensinam tudo o que NÃO se deve fazer. Mas sobre o que se deve fazer, não dizem nada! Soa mesmo a um incentivo a não fazer.

2 comentários:

José Carlos disse...

obrigado por comentares! e não tinha pensado nisso, que ás vezes há ideias colectivas que não passam de mitos...

e tens razão, cada vez que o assunto é educação sexual, lá vem a lista das DST's e os métodos contraceptivos, mas tudo aquilo de bom associado ao sexo já é javardice.

marianita disse...

concordo plenamente!